Os especialistas responsáveis pelas investigações informaram que a grande força do impacto com o solo resultou em múltiplas fraturas nos corpos das vítimas, que posteriormente foram carbonizadas pelas chamas provenientes da explosão da aeronave. O politraumatismo é caracterizado por lesões graves em pelo menos duas partes do corpo, incluindo fraturas de ossos, crânio, coluna, extremidades, vasos sanguíneos e órgãos internos, que podem ocasionar hemorragias.
Acidentes como o ocorrido com o voo 2283 podem levar à morte imediata após o choque ou até mesmo horas e dias depois devido a complicações como infecções generalizadas. O cirurgião-geral Milton Steinman enfatizou a importância da gravidade e localização das lesões, juntamente com a infraestrutura de atendimento de emergência, para determinar a chance de sobrevivência em casos de politraumatismo.
Situações de risco, como esportes radicais, trabalhos perigosos na construção civil e exposição a acidentes de grande impacto, aumentam a vulnerabilidade a traumas múltiplos. Pessoas idosas, devido à fragilidade óssea e menor capacidade de recuperação, estão mais suscetíveis a sofrer politraumatismos.
Em casos de politraumatismo, o tratamento é individualizado e focalizado nas lesões específicas de cada paciente. O objetivo inicial é estabilizar o paciente, garantindo funções vitais como respiração e circulação sanguínea, seguido por procedimentos para reparar fraturas, controlar hemorragias e cuidados intensivos para lesões cerebrais ou abdominais. A eficiência de um sistema de trauma bem estruturado pode ser determinante para aumentar as chances de sobrevivência em casos tão graves como o do voo 2283 da Voepass.