Os casos em investigação foram identificados em estados como Pernambuco, Bahia e Acre, sendo que metade dos bebês acabaram nascendo com anomalias congênitas, como microcefalia, enquanto a outra metade infelizmente não resistiu. A situação é ainda mais alarmante com o recente registro de um óbito fetal no Ceará, associado à infecção por febre do Oropouche.
A secretária de Saúde do Ceará, Tânia Coelho, destacou a gravidade da situação e ressaltou a necessidade de um plano de ação para lidar com esses casos. Ela enfatizou que grande parte das doenças infecciosas em humanos são causadas por animais, incluindo o mosquito transmissor da febre do Oropouche, tornando essencial a implementação de medidas preventivas.
No Acre, outro caso trágico foi registrado, com um bebê nascido com anomalias congênitas relacionadas à febre do Oropouche. A mãe da criança também apresentou sintomas da doença durante a gravidez, o que levanta preocupações sobre a transmissão do vírus de forma vertical e suas consequências para a saúde dos recém-nascidos.
A febre do Oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis e suas consequências têm sido devastadoras em diversas partes do Brasil. Medidas simples, como manter os quintais limpos e usar roupas adequadas, podem ajudar a prevenir a proliferação do mosquito e a disseminação da doença.
Com um total de 7.497 casos registrados em 23 estados, a febre do Oropouche representa um sério desafio de saúde pública, com destaque para o Amazonas e Rondônia, onde a maioria dos casos foi identificada. O Ministério da Saúde segue empenhado em investigar e combater a doença, em parceria com as secretarias de saúde dos estados afetados.