O suspeito, identificado como Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda, era companheiro da delegada e confessou o crime em depoimento à polícia. Ele alegou que enforcou a mulher com o cinto de segurança durante uma discussão depois de supostas agressões. A Polícia investiga se a morte de Patrícia foi causada por estrangulamento.
Após a audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito, que alegou ter inventado a versão de um sequestro para encobrir o crime por medo. Segundo sua nova versão, durante a discussão no carro, Patrícia teria ameaçado matar a família do suspeito e provocado uma batida em uma árvore ao puxar o volante. Ele então teria enforcado a delegada para se defender das agressões, sem a intenção de matá-la.
Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda possui um histórico conturbado, com passagens por agressão à delegada e suspeitas de exercício ilegal da medicina. O Conselho Regional de Medicina da Bahia informou que não há registro do suspeito como médico no estado.
A morte da delegada causou comoção na população e entre seus colegas de profissão. O corpo de Patrícia foi velado na Câmara de Vereadores de Santo Antônio de Jesus e seria enterrado em Recife, sua cidade natal. Reconhecida por sua atuação no combate à violência de gênero, a delegada deixa um filho e um legado de luta pelos direitos das mulheres.
A Polícia Civil e o Sindicato dos Policiais Civis lamentaram a perda e prometeram empenho na investigação para esclarecer as circunstâncias do crime. A delegada-geral da Bahia, Heloísa Campos de Brito, também expressou seu pesar nas redes sociais pela morte da colega de profissão.