No total, foram 520 vidas perdidas no triênio, sendo que a proporção do uso de armas de fogo variou ao longo dos anos, com uma maior incidência em 2021 (39,3%) e uma redução em 2023 (31,5%). Os dados revelam que a proporção de vítimas de armas de fogo é de 27,1% na faixa etária de 0 a 4 anos, enquanto no grupo de 15 a 19 anos, esse índice chega a assustadores 86,3%.
Além disso, o levantamento também mostrou um aumento significativo no número de registros de estupro de crianças com até quatro anos, bem como uma concentração de casos na faixa etária dos 10 aos 14 anos. A análise dos dados apontou que as mortes violentas têm um impacto desigual na perspectiva de raça e cor, com as crianças negras correspondendo a uma parcela significativamente maior das vítimas.
Um dos pontos de destaque do estudo foi a presença de armas de fogo dentro das residências, o que levanta preocupações sobre o acesso a esse tipo de armamento pela população civil. A distribuição das mortes violentas variou de acordo com a faixa etária, com a maioria dos óbitos ocorrendo em vias públicas na faixa dos 15 aos 19 anos.
Diante desses dados alarmantes, é importante que medidas mais efetivas sejam tomadas para controlar o acesso às armas de fogo e prevenir a violência letal contra crianças e adolescentes no país.