De acordo com dados da fundação IQAir, que monitora o Índice de Qualidade do Ar em tempo real, Manaus está apresentando uma qualidade do ar considerada insalubre para pessoas sensíveis, com um alerta laranja indicando riscos de desconforto respiratório para crianças, idosos e pessoas com problemas pulmonares e cardíacos.
A nutricionista e consultora do Unicef, Neideana Ribeiro, ressaltou a importância de cuidados extras com as crianças nessas cidades afetadas pela fumaça. Ela recomenda evitar a exposição ao ar livre, aumentar a hidratação, usar máscaras em momentos de maior exposição e manter medicamentos para alívio de sintomas de doenças respiratórias, como asma.
Diante da situação crítica, o governo estadual decretou situação de emergência em Manaus e em outras 22 cidades, proibindo a prática de queimadas nessas regiões. É importante ressaltar que desde o início do mês de agosto, o estado registrou mais de 3 mil alertas de focos de incêndio, com municípios como Apuí, Novo Aripuanã e Lábrea sendo os mais afetados, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (SES-AM), foi procurada para comentar sobre a situação e medidas tomadas, no entanto, até o momento da publicação da matéria não houve resposta.
Diante da gravidade da situação e dos impactos na saúde da população, é essencial que autoridades locais e organizações internacionais intensifiquem as ações e medidas de prevenção para minimizar os danos causados pelas queimadas e pela fumaça na região. A atenção e cuidado com as crianças, idosos e pessoas vulneráveis devem ser prioridades nesse momento de crise ambiental no Amazonas.