Ao longo de sua carreira literária, Jorge Amado retratou as ruas, os casarões, o povo, os cheiros e os costumes baianos, sempre trazendo também reflexões sobre os problemas sociais do Brasil. Seu neto, Jorge Amado Neto, compartilhou que o avô costumava dizer que não criava os personagens famosos de seus livros, apenas os reconhecia nas pessoas da Bahia. A obra de Jorge Amado foi fundamental para a construção da identidade baiana, influenciando a forma de falar, de se comunicar, de se vestir e de expressar a cultura local.
Jorge Amado Neto relembrou momentos especiais ao lado do avô e destacou a importância do legado deixado por ele. A família guarda memórias de um homem amoroso, brincalhão e presente, que transmitiu valores como honestidade, hombridade e justiça. Além disso, Jorge Amado contribuiu significativamente para a literatura brasileira ao dar voz e visibilidade a segmentos sociais marginalizados, como mulheres, negros, pobres e desvalidos.
O neto do escritor enfatizou que Jorge Amado foi não apenas um mestre da literatura, mas também um agente de mudanças sociais ao abrir espaço para aqueles que eram excluídos e marginalizados pela sociedade. Seu legado vai além das páginas de seus livros, impactando a vida de muitas pessoas e deixando um exemplo de escuta atenta aos mais vulneráveis.
Através da obra de Jorge Amado, o Brasil ganhou visibilidade internacional e atraiu visitantes de diversos países que desejavam conhecer de perto as raízes e os sabores da Bahia. Sua contribuição para a cultura e a sociedade brasileira é inestimável, deixando um legado de empatia, inclusão e valorização das diferenças. A celebração da vida e da obra de Jorge Amado na Flipelô é uma forma de manter viva sua memória e seu impacto duradouro na história da literatura e da sociedade brasileira.