A paralisação teve início em 24 de junho e foi ampliada em 1º de julho, com os servidores reivindicando melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira e reajuste salarial. As negociações incluíram a reestruturação de cargos, com mudanças nas tabelas de remuneração dos servidores. O Ministério da Gestão e Inovação propôs um aumento no plano de cargos dos servidores ambientais, elevando o reajuste previsto para 2025 de 8,5% para 9,5% e 4% em 2026, além de facilitar a progressão na carreira.
Além disso, o acordo assinado prevê a criação de um grupo de trabalho, com a participação dos ministérios da Gestão e Inovação e do Meio Ambiente, para avaliar o enquadramento das carreiras nos requisitos para receber indenização de fronteira e a criação do adicional de risco.
No entanto, a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema) criticou a postura do governo, alegando que o acordo foi feito a contragosto dos servidores e não representa uma reestruturação da carreira, mas sim um reajuste.
A greve deve ser encerrada, mas a mobilização continuará, conforme afirmado pela Ascema. A associação planeja convocar um conselho de entidades mobilizadas para discutir a saída nacional da greve e definir os próximos passos do movimento.
A categoria de servidores ambientais vem demandando valorização há bastante tempo, desde a transição para o terceiro governo de Lula em 2022. Eles alegam que a carreira foi sucateada durante a gestão de Jair Bolsonaro e resistiram ao desmonte da política ambiental, o que deveria ser reconhecido pelo atual governo.
A greve mobilizou diversos estados do país e a categoria demonstra disposição para continuar lutando por melhores condições de trabalho e reconhecimento de sua importância na preservação da natureza.