Em entrevista à imprensa depois de identificar o corpo de sua filha no Instituto Médico Legal em São Paulo, Fátima questionou a atuação do Ministério Público, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da própria empresa. Ela afirmou: “Temos vídeos dizendo que eles estavam colocando todo mundo em risco. O Ministério Público não viu isso? A Anac não viu isso? Quantas vidas precisam ser perdidas para que tomem alguma providência?”.
A mãe de Arianne demonstrou uma mistura de dor e indignação, e pediu que a dor se transforme em mobilização e pressão por mudanças. Além disso, relatou que a filha estava extremamente feliz por participar de um congresso de oncologia, pois seu sonho desde os 9 anos de idade era salvar vidas.
Diante das acusações e questionamentos feitos por Fátima, a reportagem entrou em contato com diversos órgãos e empresas responsáveis, incluindo os Ministérios Públicos do Paraná e de São Paulo, o Ministério Público Federal, a Voepass, a Anac e a companhia Latam. Até o momento da publicação deste texto, não houve retorno por parte de nenhuma das partes.
Relatos de possíveis problemas nas aeronaves da Voepass têm surgido desde o acidente, incluindo reclamações sobre o ar condicionado e denúncias de excesso de trabalho dos pilotos. Enquanto a empresa afirma que a aeronave envolvida no acidente estava em condições adequadas, a investigação continua em andamento.
O país se comove com a história de Arianne Albuquerque Risso e de todas as vítimas da queda do avião da Voepass, e espera por respostas das autoridades e das empresas sobre as causas do acidente e as medidas a serem tomadas para evitar tragédias semelhantes no futuro.