Tuíre Kayapó foi uma figura emblemática na defesa dos direitos dos povos indígenas e na luta pela demarcação de terras. Sua participação ativa em marchas, protestos e sessões públicas na Câmara dos Deputados evidenciaram seu protagonismo e sua determinação em defender as causas que acreditava.
A história de Tuíre ficou marcada pelo incidente em 1989, quando encostou um facão no rosto do diretor da Eletronorte durante um debate sobre a construção da usina de Belo Monte, na época conhecida como Cararaô. O protesto teve repercussão internacional e influenciou na decisão do Banco Mundial de suspender o financiamento para a usina.
Além disso, em 2008, indígenas kayapós voltaram a utilizar facões em um incidente durante um debate com um engenheiro da Eletrobras, resultando em um corte profundo no braço do profissional. Estes eventos ilustram a determinação e coragem de Tuíre e de seu povo na luta por seus direitos e pela preservação de suas terras.
A morte de Tuíre representa uma perda irreparável para a comunidade indígena e para todos aqueles que admiravam sua dedicação e coragem. Sua memória e legado seguem vivos, inspirando novas gerações a seguirem lutando pelas causas que acreditam e pelo respeito aos povos originários do Brasil.