Após o encontro, o presidente compartilhou uma foto do grupo indígena nas redes sociais, acompanhada da mensagem: “Ao lado dos ministros Sonia Guajajara, Marcio Macedo, Paulo Pimenta e da presidenta da Funai Joenia Wapichana, recebi uma comitiva de lideranças Guarani-Kaiowá para discutir o conflito no Mato Grosso do Sul, que se intensificou nos últimos dias.”
Os líderes indígenas pedem a desmobilização de um acampamento ocupado por ruralistas que estariam promovendo os atos de violência, além de mais segurança para a região e a conclusão do processo de demarcação da Terra Indígena. Recentemente, 45 representantes dos povos Guarani e Guarani-Kaiowá realizaram um ato em frente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública em busca do “fim do massacre em curso, na Terra Indígena Panambi – Lagoa Rica”.
Uma parte da comitiva foi recebida pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, e pela secretária nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho, no Palácio da Justiça. Foram anunciadas medidas de segurança, como o reforço do efetivo da Força Nacional e a criação de uma sala de situação para lidar com as demandas na região.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que o documento que identifica a área como de ocupação tradicional indígena continua válido, porém o processo de demarcação está suspenso por ordem judicial. A Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica abrange uma superfície de aproximadamente 12.196 hectares, com um perímetro de cerca de 63 km, e teve seus limites estabelecidos pela Funai em 2011.
Em meio a essa situação delicada e preocupante, o governo e as lideranças indígenas buscam soluções para garantir a segurança e a proteção do território e de seus habitantes. O diálogo entre as partes é fundamental para a busca de uma resolução pacífica e justa para os conflitos fundiários no Mato Grosso do Sul.