Na última sexta-feira, o Banco Central divulgou as normas para a jornada sem redirecionamento, que utilizará o Open Finance para permitir que os pagamentos com Pix sejam feitos de forma ágil e prática, sem a necessidade de entrar nos aplicativos de bancos e fintechs ou digitar senhas. Essa novidade deve ampliar ainda mais a utilização do Pix nas transações do dia a dia, equiparando-o aos cartões de pagamento por aproximação.
De acordo com o gerente sênior de Estratégia de Negócios em Serviços Financeiros da Accenture, Ricardo Pandur, a entrada do Pix nas carteiras digitais tem o potencial de aumentar significativamente a participação do sistema nos pagamentos realizados pelos brasileiros. Atualmente, cerca de 25% dos pagamentos de aproximadamente com cartões são feitos via dispositivos móveis. Para Pandur, o Pix NFC poderá participar ativamente desse cenário, conquistando ainda mais espaço no mercado.
Apesar de já ter movimentado R$ 2,2 trilhões em junho deste ano, o Pix ainda é pouco utilizado em compras no mundo físico, principalmente devido à necessidade de acesso aos aplicativos dos bancos. No entanto, a recente regulamentação do BC tem motivado movimentações por parte dos agentes de mercado, como o Itaú Unibanco, que passará a oferecer Pix por aproximação a partir de outubro.
A expectativa é de que o Pix possa iniciar uma transformação no mercado de pagamentos, impactando o uso dos cartões de crédito, principalmente os sem anuidade. Com a possibilidade de parcelamento das transações via Pix e a integração com os limites de crédito do cliente, o sistema promete se consolidar como uma alternativa aos tradicionais cartões, ganhando espaço e eficiência no mercado de meios de pagamento.