Com uma localização privilegiada, no Sumaré, o prédio de 2.000 metros quadrados aguarda há sete anos a inauguração da primeira escola pública portuguesa do país. No entanto, a aparência deteriorada da estrutura levanta dúvidas sobre a possibilidade de sua utilização futura.
Até 2017, o local abrigava a Diretoria de Ensino Centro-Oeste, mas foi cedido ao governo português pelo então governador Geraldo Alckmin. A cerimônia de cessão contou com a presença ilustre do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, marcando um marco na concretização de um sonho de três décadas da comunidade luso-brasileira em São Paulo.
A proposta inicial do governo português incluía a implantação de uma instituição de ensino com dupla certificação curricular, um Centro de Língua Portuguesa e um núcleo de formação para professores. Apesar dos planos ambiciosos, não houve detalhes sobre o número de vagas disponíveis.
O atraso na implementação da escola tem sido atribuído a questões burocráticas e administrativas, segundo o governo paulista. Profissionais da educação que trabalhavam na diretoria transferida para um prédio na região central relatam dificuldades de acesso e sensação de insegurança devido à proximidade com a cracolândia.
Embora os sinais de abandono do prédio da antiga diretoria sejam evidentes, moradores da região relatam movimentações recentes de engenheiros no local, levantando esperanças de que a escola portuguesa finalmente saia do papel. Apesar das adversidades, tanto o governo português quanto o governo paulista enfatizam o compromisso de concretizar este projeto educacional único.
Em meio a incertezas e desafios, a comunidade aguarda ansiosamente a transformação do prédio abandonado em um renomado centro de ensino e aprendizagem, trazendo consigo a promessa de educação de qualidade e intercâmbio cultural entre Brasil e Portugal.