Documentos obtidos pelo veículo apontam que o Google elaborou uma campanha publicitária com o objetivo de direcionar anúncios do Instagram para esse grupo específico de adolescentes, desconsiderando as diretrizes de proteção à infância. O Financial Times sugere que a intenção por trás dessa iniciativa era atingir uma categoria de internautas denominada “desconhecidos”, que geralmente inclui menores de 18 anos.
Além disso, há indícios de que a verdadeira intenção por trás dessa campanha era dissimulada, indicando um possível descumprimento das políticas de publicidade estabelecidas pelo Google. A intenção era expandir essa estratégia para além dos Estados Unidos, incluindo outros sites como o Facebook.
O contexto para essa ação pode ser atribuído à perda de usuários das plataformas da Meta para concorrentes como o TikTok, levando o Google a buscar fortalecer suas campanhas publicitárias por meio desses esforços. No entanto, as informações divulgadas pelo Financial Times levaram à interrupção da campanha de marketing e à abertura de investigações por parte do Google para apurar as alegações feitas pelo jornal.
Em resposta às acusações, a empresa afirmou que proíbe a veiculação de anúncios personalizados para menores de 18 anos e anunciou a implementação de medidas adicionais para garantir o cumprimento de suas políticas. Vale ressaltar que essa campanha controversa já estava em andamento desde janeiro deste ano, época em que o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, se desculpou perante o Congresso dos Estados Unidos pelas questões relativas à segurança das crianças nas plataformas da empresa.