Em contrapartida, a França recentemente inaugurou dez estátuas de mulheres francesas às margens do rio Sena, em homenagem a figuras que deixaram um importante legado político ou cultural para o país. Essa iniciativa destacou a importância de reconhecer e valorizar as conquistas das mulheres na sociedade.
No Rio de Janeiro, um mapeamento realizado por um mestrando em computação revelou que, de 132 estátuas/bustos de personalidades, 91% são referentes a homens. Essa disparidade evidencia a necessidade de ampliar a representatividade feminina nos monumentos da cidade, reconhecendo o papel das mulheres na história e na cultura.
A gerente de Monumentos e Chafarizes da Secretaria de Conservação do Rio, Vera Dias, ressaltou a importância de celebrar a memória de grandes mulheres nas vias públicas, enfatizando o papel social das mulheres ao longo da história. Ela destacou que a consciência sobre a relevância das mulheres na sociedade tem crescido, refletindo-se na necessidade de ampliar as homenagens a figuras femininas nos monumentos da cidade.
O tema da representatividade feminina nos monumentos tornou-se ainda mais relevante após a inauguração da estátua da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, que é monitorada 24 horas para evitar furtos e depredações. Medidas como essa são essenciais para preservar a memória e a importância das figuras femininas na sociedade.
Diante do cenário de escassez de monumentos femininos, é fundamental que a prefeitura do Rio de Janeiro promova a instalação de novas obras em homenagem a mulheres que marcaram a história e a cultura da cidade, contribuindo para uma maior representatividade e valorização do papel das mulheres na sociedade.