De acordo com denúncias dos opositores, a detenção de María Oropeza teria ocorrido sem ordem judicial. Até o momento, as autoridades do país não confirmaram a prisão. A Provea, uma organização não governamental de direitos humanos da Venezuela, divulgou um vídeo feito por María Oropeza no momento de sua prisão, mostrando policiais forçando a entrada em sua casa e exigindo seu celular.
A Provea declarou que a Venezuela continua a política de perseguição e repressão, o que poderia constituir crimes contra a humanidade. Além disso, o governo venezuelano tem sido acusado por países e organizações internacionais de direitos humanos de uso excessivo da força e repressão política contra manifestantes que contestam o resultado das eleições presidenciais de 28 de julho.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (7), a Provea e a Federação Internacional dos Direitos Humanos questionaram as ações policiais recentes, apontando para o elevado número de mortes, prisões arbitrárias e desaparecimentos forçados em uma semana.
Por outro lado, o presidente Maduro justificou as prisões, rotulando os detidos como “terroristas” e argumentando que há provas contra todos eles. Ele citou vários atos de violência perpetrados pelos supostos manifestantes e questionou como os Estados Unidos lidariam com ameaças semelhantes.
Maduro não mencionou a prisão de María Oropeza, mas ressaltou a necessidade de manter a ordem no país para proteger os cidadãos. A ação policial chamada “Operação Tun Tun”, destinada a neutralizar supostas ameaças contra apoiadores do governo, continua em andamento.