No contexto atual, o mercado cambial está sendo impactado pelas expectativas de alta da taxa Selic no futuro. A ata do Copom divulgada na terça-feira mostrou que os diretores do Banco Central indicaram uma possível elevação da taxa de juros. Esse sinal levou a um aumento nas apostas de alta da Selic para este ano, embora os analistas considerem essa possibilidade como improvável.
Além disso, o real brasileiro está se valorizando em relação a algumas moedas de países emergentes que possuem taxas de juros elevadas, como é o caso do peso mexicano. A queda do iene e o aumento da Bolsa do Japão também contribuem para essa valorização do real. O vice-presidente do Banco do Japão, Shinichi Uchida, afirmou que não haverá elevação de juros enquanto os mercados estiverem instáveis, o que trouxe alívio aos investidores.
A valorização do petróleo, com ganhos de mais de 2% nesta manhã, está estimulando exportadores a realizarem vendas de dólares. No entanto, a queda nas importações chinesas de petróleo em julho e de minério de ferro hoje pode limitar essa atuação dos exportadores.
No cenário internacional, as exportações chinesas subiram 7% em julho, enquanto as importações cresceram 7,2%. O superávit comercial da China em julho foi de US$ 84,65 bilhões, abaixo das expectativas do mercado.
Às 9h37, o dólar à vista estava cotado a R$ 5,6231, com uma queda de 0,61%. O dólar para setembro também registrava um recuo de 0,63%, a R$ 5,6375. Este cenário de queda do dólar reflete a conjuntura atual do mercado cambial brasileiro, com influências tanto internas quanto externas afetando a movimentação da moeda estrangeira em relação ao real.