SÃO PAULO –

Megaoperação “Salus et Dignitas” desarticula logística do PCC na região central de SP: 117 mandados de busca e apreensão cumpridos.

Governo de São Paulo Desencadeia Grande Operação Contra o Crime Organizado no Centro da Capital

Na tarde desta terça-feira (6), o Governo de São Paulo divulgou um balanço preliminar sobre a Operação Salus et Dignitas, uma ação de segurança pública de grande magnitude realizada no centro da cidade com o objetivo de desarticular a logística do crime organizado na região. O governador Tarcísio de Freitas revelou os detalhes da operação em uma coletiva no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), destacando a integração entre as forças de segurança estaduais, órgãos municipais e federais, além do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual.

"É um trabalho exaustivo para abordar a questão do crime organizado no centro de São Paulo de forma diferente. Nessa operação, atacamos o ecossistema do crime que alimenta o tráfico de drogas", afirmou o governador Tarcísio de Freitas. Ele enfatizou a abordagem abrangente e integral, projetada para desmantelar sistemas de monitoramento e comunicação dos criminosos.

A ação conjunta foi fruto de mais de um ano de trabalho de inteligência e investigação. Foram cumpridos, até o momento, cinco mandados de prisão, dentre os quais se destaca a captura de Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Leo do Moinho, um dos líderes do PCC. Moja, preso na Praia Grande, é apontado como proprietário de hotéis e outros estabelecimentos no centro da capital, utilizados como pontos de tráfico de drogas, operando em nome de laranjas.

A operação, que começou nas primeiras horas da manhã, inclui o cumprimento de 117 mandados de busca e apreensão, 7 de prisão, 46 de sequestro e bloqueio de bens e a suspensão de atividade econômica de 44 prédios comerciais. Estes imóveis, entre hotéis, hospedarias, ferros-velhos, estacionamentos e comércios de celulares, serão lacrados para impedir a continuidade das atividades ilícitas. No total, 1.359 agentes públicos, 327 viaturas, duas aeronaves e 30 cães farejadores foram mobilizados.

Além das ações de repressão ao crime, a operação também revelou um esquema deplorável em que dependentes químicos eram explorados em condições análogas à escravidão em ferros-velhos e empresas de reciclagem, em troca de álcool ou drogas, para cometerem crimes como roubos e furtos.

Durante a megaoperação, foram apreendidos cerca de R$ 156 mil em dinheiro, 122 celulares, 119 computadores, dispositivos de armazenamento e uma arma, além de 12 munições e 10 kg de entorpecentes. A ação também resultou na remoção de 78 veículos e 12 fiscalizações ambientais, culminando em uma autuação. Uma grande quantidade de drogas foi apreendida na Favela do Moinho, apontada pelas investigações como bunker do crime organizado.

Ações Sociais e de Apoio aos Afetados pela Operação

O Governo de São Paulo, em colaboração com a Prefeitura da capital, montou uma rede de apoio para atender as pessoas desabrigadas pelos desdobramentos da operação. Equipes multidisciplinares de saúde e assistência social foram designadas para cuidar dos moradores desalojados. A Central Integrada de Atenção e Acolhimento na Rua Guaianazes está servindo como ponto de apoio, oferecendo até 200 refeições diárias, além de serviços do Poupatempo para emissão de documentos.

Mais de 200 vagas foram disponibilizadas pelo Serviço Estadual de Acolhimento na Praça da Sé para suportar as famílias. Kits de higiene, cobertores e roupas estão sendo distribuídos pelas equipes do Fundo Social de São Paulo e da Defesa Civil. Dependentes químicos terão acesso a atendimento em equipamentos especializados, como o Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas.

Estas ações sociais ocorrem em parcerias com várias secretarias estaduais, reafirmando o comprometimento do governo no combate ao crime organizado e no apoio às comunidades afetadas.

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