Os números divulgados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) são alarmantes, indicando que a situação é ainda mais grave do que em anos anteriores. O engenheiro hidrólogo Marcus Suassuna ressaltou que a estiagem é resultado da falta de chuvas, com anomalias significativas sobre toda a Bacia Amazônica. Fatores como o aquecimento do Oceano Atlântico Norte e o Fenômeno El Niño têm contribuído para a seca, que já é recorrente nos últimos anos.
A prefeitura de Porto Velho alertou para a redução do consumo de água e orientou que banhistas evitem frequentar as praias do Rio Madeira devido aos riscos de afogamentos e ataques de animais. Além disso, medidas de distribuição de água para comunidades ao longo do rio estão sendo adotadas, incluindo o transporte terrestre de fardos de água mineral e distribuição de hipoclorito de sódio para purificar a água.
O SGB está realizando estudos para identificar locais ideais para perfuração de poços visando o abastecimento público de água de qualidade. No entanto, a solução definitiva depende da ocorrência de chuvas, principalmente na Bolívia, país onde 75% da bacia do Rio Madeira está localizada.
A declarada situação de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) alerta para a gravidade do problema, que pode afetar não apenas Rondônia, mas também outros estados da região amazônica. A criticidade da situação reforça a necessidade urgente de medidas para mitigar os impactos e garantir o acesso à água potável para a população local.