Taxa de mortes entre Yanomamis cai no primeiro trimestre de 2024, mas violência aumenta, informa governo Lula.

O governo de Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), divulgou que 74 indígenas da etnia Yanomami faleceram no primeiro trimestre de 2024, a maioria deles por agressões. Os dados foram apresentados pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde, ligado ao Ministério da Saúde, indicando uma redução no número total de óbitos em comparação ao mesmo período do ano anterior, passando de 111 para 74. No entanto, as mortes por violência aumentaram em cerca de 20%.

O último boletim sobre a saúde dos Yanomamis, divulgado em fevereiro, referia-se aos dados consolidados de 2023. Desde que foi decretado o estado de emergência em saúde pública no território Yanomami, em janeiro de 2023, houve um aumento significativo no número de registros, graças à presença de mais profissionais no local e à expansão das equipes de atendimento em 34 Unidades Básicas de Saúde Indígena.

Apesar do aumento das equipes de saúde, a taxa de desnutrição em crianças menores de cinco anos também cresceu em relação a 2023, atingindo 53,1% das crianças acompanhadas. O governo destaca que o aumento da força de trabalho resultou na intensificação da busca ativa de pacientes e na ampliação do acesso aos serviços de saúde.

No entanto, houve uma redução significativa no número de mortes por Infecções Respiratórias Agudas (IRA) entre os indígenas Yanomami, caindo de 22 para 9 óbitos. Isso se deve ao aumento de casos de IRA atendidos nas comunidades, o que contribuiu para um maior registro e tratamento dos casos.

Além disso, o boletim apresentou dados sobre malária, déficit nutricional, síndromes gripais, imunização e ações assistenciais e de infraestrutura desenvolvidas pelo governo. Houve um aumento de 83,1% nos exames de diagnóstico de malária em comparação ao ano anterior, detectando 8.896 casos autóctones da doença no território Yanomami.

Por fim, o governo destaca o aumento dos índices de imunização, tanto nas rotinas vacinais quanto nas campanhas vacinais, demonstrando um esforço em melhorar a saúde dos indígenas Yanomami. A atuação intensiva das equipes de saúde no território tem contribuído para a redução dos óbitos e o aumento do acesso aos serviços de saúde.

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