Segundo informações obtidas, uma das possibilidades em análise é que o dinheiro poderia estar destinado a propinas ou à cooptação de líderes de bairro. O veículo foi descoberto abandonado depois que a síndica de um condomínio acionou as autoridades. O suposto proprietário do carro, identificado como Carlos Augusto Diniz da Costa, que era funcionário da secretaria municipal de Informação e Tecnologia da Prefeitura de São Luís, foi posteriormente exonerado após o incidente.
A defesa de Carlos Augusto não foi localizada para comentar o caso, e a Prefeitura de São Luís não respondeu aos contatos feitos pela reportagem. Além disso, a titularidade do veículo em questão está sendo investigada, uma vez que pertence a uma pessoa diferente da que estava utilizando o carro no momento da apreensão.
Na delegacia, Carlos Augusto optou por permanecer calado, não fornecendo detalhes sobre a origem do dinheiro ou a maneira como adquiriu o veículo. Há também indícios de que Guilherme Teixeira, assessor do deputado estadual Fernando Braide, irmão do prefeito de São Luís Eduardo Braide, possa estar envolvido no caso.
O delegado Augusto Barros da Superintendência de Investigações Criminais afirmou que, embora ainda não seja possível afirmar a prática de um crime, há suspeitas de que o dinheiro esteja ligado a atividades ilícitas, como o recebimento de propinas ou cooptação de lideranças locais. Imagens de câmeras de segurança revelaram que Carlos Augusto estacionou o carro vermelho suspeito de transporte do dinheiro, e posteriormente embarcou em outro veículo conduzido por Guilherme Teixeira.
A polícia não descarta convocar o prefeito Eduardo Braide para prestar esclarecimentos, caso a investigação aponte o envolvimento ou conivência da família do prefeito com a situação. O desenrolar deste caso intrigante ainda reserva muitas reviravoltas e detalhes a serem revelados pela Polícia Civil do Maranhão.