Um dos indígenas atingidos foi baleado na cabeça e outro no pescoço, ambos em estado crítico, sendo encaminhados para o Hospital da Vida em Dourados para receber atendimento médico. O Cimi divulgou que os indígenas acusam a Força Nacional de ser conivente com o crime, relatando ameaças feitas por agentes antes do ataque.
Diante da gravidade da situação, o Ministério dos Povos Indígenas enviou uma equipe da pasta e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para prestar assistência aos Guarani Kaiowá, com acompanhamento do Ministério Público Federal. Além disso, a Secretaria de Saúde Indígena foi acionada para cuidar dos feridos menos graves, enquanto um dos feridos permanece em estado crítico.
O secretário executivo do MPI, Eloy Terena, solicitou explicações ao Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre a retirada da Força Nacional do local e exigiu a permanência do efetivo para evitar possíveis novos episódios de violência. Adicionalmente, foi solicitada uma investigação imediata pela Polícia Federal sobre o ocorrido.
O ataque de sábado foi realizado na retomada Pikyxyin, uma das sete retomadas na Terra Indígena Lagoa Panambi, delimitada desde 2011. Outro ataque já havia ocorrido na sexta-feira, sem ferir os indígenas. Na quinta-feira, um ruralista armado foi detido pela Força Nacional no local, o que gerou ações da Defensoria Pública da União para destituir o comando da Força Nacional em Mato Grosso do Sul.