O CNE informou que a participação dos eleitores foi de 59,97%, o que representa cerca de 21,3 milhões de venezuelanos aptos a votar. Maduro angariou 6,4 milhões de votos, enquanto González recebeu 5,3 milhões. No entanto, o CNE não divulgou quando disponibilizará as atas eleitorais detalhadas por mesa de votação, um pedido feito por países como Brasil, México e Colômbia.
O presidente do conselho, Elvis Amoroso, justificou a demora na divulgação dos resultados devido a um ataque cibernético perpetrado contra as telecomunicações da Venezuela. Segundo ele, esses ataques prejudicaram a transmissão das atas e a divulgação dos resultados eleitorais. Elvis Amoroso também mencionou incêndios em gabinetes eleitorais regionais, centros de votação e centros de transmissão de contingências como parte desse ataque terrorista.
É importante destacar que a oposição tem questionado os resultados e divulgado supostas atas eleitorais que apontam a vitória de Edmundo González. Recentemente, o governo dos Estados Unidos reconheceu os dados apresentados pela oposição, o que gerou controvérsias sobre a legitimidade do processo eleitoral na Venezuela.
Nicolás Maduro entrou com um recurso no Tribunal Superior de Justiça (TSJ) do país solicitando uma investigação sobre o resultado das eleições. Uma audiência foi agendada na Corte Suprema para dar início às investigações sobre o processo eleitoral. A situação política na Venezuela continua tensa e polarizada, com questionamentos sobre a transparência e a lisura do pleito. A comunidade internacional aguarda ansiosa por desdobramentos e decisões definitivas em relação ao resultado das eleições presidenciais venezuelanas.