O Departamento de Estado dos EUA utilizou como base os documentos divulgados pela oposição. A campanha de Edmundo González publicou na internet as atas eleitorais das mesas de votação a que tiveram acesso, representando cerca de 80% do total das urnas. Segundo esses documentos, González seria o vencedor contra Maduro.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que os dados eleitorais demonstraram claramente a vontade do povo venezuelano, ressaltando que os votos devem ser respeitados. Até então, a Casa Branca não havia defendido a vitória de González, apenas pedindo a publicação dos dados detalhados das mesas de votação.
O governo dos EUA critica o fato de o CNE não ter publicado as atas de apuração, o que levou as autoridades americanas a confiarem nos documentos publicados pela oposição. Em resposta, Maduro afirmou que os Estados Unidos devem manter-se distantes das questões internas da Venezuela, destacando a soberania do povo venezuelano.
O presidente venezuelano apresentou um recurso ao Tribunal Supremo de Justiça para pedir uma perícia das atas eleitorais e está disposto a apresentar todas as atas em posse do seu partido. O STJ convocou todos os candidatos para iniciar uma investigação sobre os resultados do pleito.
A posição dos EUA difere da do Brasil, Colômbia e México, que emitiram uma nota conjunta pedindo que as autoridades venezuelanas apresentem os dados desagregados da eleição, sem afirmar a vitória de nenhum candidato. A falta de transparência nos resultados tem gerado questionamentos por parte da oposição, observadores internacionais e diversos países.