Aumento de internações por covid-19 entre idosos preocupa autoridades de saúde em estados do Amazonas, São Paulo e Nordeste.

Nas últimas semanas, algumas regiões do Brasil têm enfrentando um aumento nas internações por covid-19 entre idosos. De acordo com o novo Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estados como Amazonas, São Paulo e alguns do Nordeste estão registrando esse aumento. Apesar disso, o boletim ressalta que as internações por covid-19 ainda estão em níveis mais baixos se comparados com o histórico da pandemia.

Os pesquisadores alertam para a necessidade dos hospitais estarem atentos a qualquer sinal de aumento significativo na disseminação do vírus. Além disso, o estudo apontou também um aumento nas internações por influenza A entre os idosos em algumas regiões do Sul e Sudeste, embora já existam sinais de desaceleração em outros estados do Centro-Sul.

Em relação ao vírus sincicial respiratório (VSR), foi observado uma interrupção no crescimento ou redução nas internações de crianças até 2 anos em diversas regiões do país. No entanto, estados como Santa Catarina e Roraima ainda apresentam indícios de expansão. Já os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na Bahia e Piauí estão relacionados, principalmente, ao aumento das internações por rinovírus entre crianças e adolescentes.

Ao analisar o panorama nacional, o InfoGripe apontou uma tendência de queda nas últimas semanas tanto na SRAG por VSR quanto por influenza A em muitos estados, apesar de ainda haver crescimento em outras unidades federativas. O VSR continua sendo a principal causa de internação e óbitos em crianças até 2 anos, mesmo apresentando queda nas últimas semanas.

No geral, o boletim revela que a mortalidade da SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre crianças pequenas e idosos, com os óbitos associados ao vírus da gripe, influenza A e covid-19. Vale ressaltar que os impactos em termos de hospitalizações e óbitos são menores para o Sars-CoV-2 em relação aos vírus VSR e rinovírus em crianças, e influenza A em idosos.

Quanto às capitais, quatro delas apresentam ampliação nos casos de SRAG: Salvador, Teresina, Vitória e Florianópolis. Nas últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 21,9% para influenza A; 1,1% para influenza B; 33,1% para VSR; e 11,7% para covid-19. Em relação aos óbitos, a prevalência foi de 38,6% para influenza A; 1,7% para influenza B; 13,3% para VSR; e 27,8% para covid-19.

No ano epidemiológico de 2024, já foram notificados mais de 100 mil casos de SRAG, com quase metade apresentando resultado positivo para algum vírus respiratório. Ainda existem casos aguardando resultado laboratorial e, dentre os positivos, a influenza A, o VSR e o Sars-CoV-2 são os mais prevalentes.

Em suma, os dados do Boletim InfoGripe mostram um cenário complexo e variado em relação às internações por doenças respiratórias em diferentes faixas etárias e regiões do país, sinalizando a importância de medidas preventivas e protocolos de saúde para o controle dessas enfermidades.

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