O caixão de Haniyeh, envolto na bandeira palestina, foi carregado por centenas de pessoas até uma mesquita em Doha, onde ocorreu a cerimônia fúnebre. Seu guarda-costas, que também foi vítima do ataque em Teerã, foi sepultado juntamente com ele. Durante o funeral, o representante sênior do Hamas, Sami Abu Zuhri, fez declarações desafiadoras à ocupação israelense, afirmando que o sangue de Haniyeh mudaria todas as equações.
O Hamas e o Irã acusaram Israel pelo assassinato de Haniyeh, prometendo retaliar o inimigo. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou que a morte do líder do Hamas não contribuía para os esforços de cessar-fogo em Gaza. O Catar tem liderado as iniciativas de paz na região, juntamente com o Egito e os EUA, buscando mediar um acordo entre Israel e os palestinos.
Haniyeh, conhecido por ser um moderado dentro do Hamas, desempenhava um papel crucial nas negociações de cessar-fogo durante a guerra em Gaza. Sua morte levantou preocupações sobre a escalada do conflito na região, incluindo ataques a importantes figuras do Hamas e do Hezbollah. O líder palestino foi nomeado para o cargo máximo do Hamas em 2017 e era visto como um obstáculo para um acordo com Israel.
O funeral de Ismail Haniyeh representa mais um capítulo na tensa relação entre israelenses e palestinos, destacando a complexidade do conflito e a necessidade de uma resolução pacífica para a região. O legado deixado por Haniyeh e a luta pela liberdade do povo palestino continuam a ecoar nas mentes daqueles que buscam uma solução duradoura para a questão.