A justificativa das autoridades japonesas para autorizar a caça das baleias-comuns foi a alegação de que há um número suficiente desses animais para sustentar a atividade. De acordo com o programa aprovado, serão caçadas 59 dessas baleias este ano.
No entanto, a União Internacional para a Conservação da Natureza considera as baleias-comuns como vulneráveis, o que aumenta a preocupação de defensores dos direitos dos animais em relação a essa decisão do Japão. O país é um dos três no mundo, ao lado da Noruega e Islândia, que ainda praticam a caça comercial de baleias.
Além disso, a prisão do ativista Paul Watson, conhecido internacionalmente por sua luta contra a caça de baleias, também gerou tensão. Watson foi preso na Groenlândia, território autônomo da Dinamarca, por uma ordem de prisão internacional emitida pelo Japão. As autoridades japonesas já solicitaram sua extradição.
Vale ressaltar que o Japão retomou a caça comercial de baleias em 2019, após se retirar da Comissão Baleeira Internacional para evitar a moratória imposta sobre a prática. Desde então, o país tem matado baleias em suas águas territoriais e em sua Zona Econômica Exclusiva, com um total de 294 baleias abatidas em 2023.
Diante desse contexto, a decisão do Japão de ampliar a caça para incluir as baleias-comuns levanta questionamentos sobre a conservação desses animais e a prática da caça de baleias em nível global. A atenção e a pressão da comunidade internacional seguem focadas nessa questão, em busca de soluções sustentáveis para a proteção desses mamíferos marinhos.