A decisão foi tomada pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), órgão do governo responsável por tratar de parcerias com a iniciativa privada, concessões e desestatização. A prorrogação terá início a partir de 12 de agosto, conforme a resolução assinada pelo ministro da Casa Civil e presidente do CPPI, Rui Costa.
Em 2013, o aeroporto do Galeão foi concedido à iniciativa privada, com a empresa de Singapura, Changi Airports International, assumindo a operação. A Changi detém 51% da estrutura, enquanto a estatal Infraero possui os outros 49%. A transição teve início em abril de 2014, com a empresa operando totalmente os terminais a partir de agosto do mesmo ano, após investimentos de R$ 2 bilhões no aeroporto.
No entanto, em fevereiro de 2022, a Changi solicitou voluntariamente a devolução do Galeão à União, devido à queda na demanda de passageiros provocada pela pandemia de Covid-19. A desistência abriu espaço para a relicitação da operação do aeroporto, mas a empresa de Singapura posteriormente manifestou interesse em permanecer na operação, aguardando aval do governo.
Para impulsionar o fluxo de passageiros no Aeroporto Tom Jobim, o governo anunciou restrições de voos no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro, resultando em um aumento significativo na movimentação de passageiros no Galeão no primeiro semestre de 2024. O número de passageiros praticamente dobrou em relação ao ano anterior, atingindo 6,6 milhões, e o número de pousos e decolagens cresceu 84%.
Com a prorrogação do prazo para a relicitação, a expectativa é que o governo e a empresa privada continuem a buscar soluções para garantir a eficiência e segurança operacional do Aeroporto Internacional Tom Jobim – Galeão.