Os vídeos da “ovada” viralizaram nas redes sociais, mostrando também agressões e chutes às motos dos profissionais de aplicativo. Diante desse cenário, ambos os grupos se reuniram nesta quarta-feira (31) em busca de um entendimento.
Os mototaxistas alegam que os motociclistas de aplicativo não podem entrar na favela, e que as agressões foram uma forma de alertá-los sobre a proibição de pegar passageiros na entrada da comunidade. Um dos mototaxistas, identificado apenas como Henrique, explicou: “Tacamos ovo mesmo, porque eles já tinham sido avisados que não era para pegar passageiro aqui na entrada. Se quiser é para pegar do outro lado da passarela. Agora estão mais do que avisados.”
Segundo Henrique, os mototaxistas estão apenas defendendo seu espaço e seu sustento, cobrando um valor justo pelas corridas. O clima de tensão entre os dois grupos levou os motociclistas de aplicativo a realizarem uma manifestação com buzinaço nas ruas da zona sul, na noite anterior.
A polícia militar foi acionada e mediou a reunião entre os dois grupos, na qual ficou acordado que não haverá mais incidentes como o ocorrido. No entanto, a proibição dos motoristas de aplicativo de circularem na favela permanece, criando um impasse na questão.
O motorista de aplicativo Matheus Fagundes expressou seu medo de circular próximo às favelas, mesmo morando em uma na zona norte. Ele destacou a humilhação e o risco de perder a moto ao entrar em uma comunidade, ressaltando a necessidade de se encontrar uma solução pacífica para o conflito.