A decisão foi tomada durante uma audiência de custódia realizada na terça-feira (30) no Fórum Criminal da Barra Funda. Figueiredo foi sepultado no mesmo dia, após ser perseguido pelo empresário por supostamente ter chutado e quebrado o retrovisor esquerdo do Porsche conduzido por Sauceda.
De acordo com o boletim de ocorrência, o empresário afirmou que seguia Figueiredo pela avenida Interlagos quando o motoboy teria mudado de faixa bruscamente, entrando na frente do veículo. Sauceda tentou desviar para a direita, mas acabou colidindo com a traseira da moto, resultando em um acidente que envolveu o veículo e a motocicleta.
O motociclista foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Grajaú, onde veio a óbito. Sauceda, após realizar o teste do bafômetro que deu negativo, foi conduzido ao 48º DP (Cidade Dutra), onde prestou depoimento e foi detido em flagrante.
O delegado responsável pelo caso afirmou que o motorista do Porsche responderá por homicídio doloso, considerando dolo eventual. O advogado de Igor Sauceda alegou que se tratou de uma fatalidade e que seu cliente não havia ingerido álcool ou substâncias entorpecentes no momento do acidente.
A investigação aponta para um momento de fúria por parte do empresário, que teria perseguido o motociclista após o incidente com o retrovisor do carro. O advogado disse que ainda será apurado o motivo que levou Figueiredo a agir daquela forma, mas que a conduta de Sauceda não poderia ser justificada como homicídio doloso, conforme alegado pelo delegado.
O caso segue em investigação para esclarecer todos os detalhes do trágico acidente e determinar as responsabilidades de cada parte envolvida.