De acordo com a análise do BCE, as altas taxas de investimento na China têm gerado retornos cada vez menores ao longo do tempo. Além disso, fatores estruturais e cíclicos estão contribuindo para o enfraquecimento da demanda, como a queda da população em idade de trabalhar desde 2011.
A crise no setor imobiliário chinês é apontada como um dos principais obstáculos para o crescimento do investimento no país. A produção manufatureira em expansão vem criando distorções no mercado interno, com a oferta superando a demanda, o que resulta em estoques elevados e queda nos preços, impactando a rentabilidade das empresas.
O BCE alerta para as implicações globais dos esforços da China em investir em setores altamente subsidiados, destacando a possibilidade de efeitos internacionais de pressões de desinflação. Isso poderia afetar a competitividade de parceiros comerciais em setores de tecnologia verde e manufatura avançada.
O boletim ainda ressalta a importância da União Europeia como mercado exportador para a China e sugere uma resposta política europeia cuidadosamente calibrada para garantir um campo justo de competição. A intensificação da concorrência de produtos chineses na UE poderia gerar impactos significativos, como pressões desinflacionárias crescentes, perda de competitividade e redução na produção e exportação manufatureira.
A análise do BCE ressalta a complexidade da relação entre a China e outros países, especialmente a União Europeia, e a necessidade de uma abordagem equilibrada para lidar com os desafios econômicos globais decorrentes do modelo de crescimento chinês. A atenção para essas questões é fundamental para o estabelecimento de relações comerciais justas e sustentáveis no cenário econômico internacional.