Em abril de 2023, a União Europeia aprovou uma norma que proíbe a venda de produtos relacionados ao desmatamento em seus países membros. Essa medida provocou debates sobre a responsabilidade do setor privado e do governo brasileiro no Parlamento Europeu. O ex-secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro de Camargo Neto, destacou a importância de combater o desmatamento ilegal e a necessidade de reformulação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para auxiliar no controle e combate ao desmatamento.
Um estudo da Serasa Experian apontou que o plantio de soja no Brasil pode aumentar significativamente sem a necessidade de desmatar novas áreas. Esse dado demonstra que é possível aumentar a produção sem comprometer o meio ambiente. Além disso, a criação de modelos de cooperativas de pequenos produtores, como defendido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), contribui para uma agricultura mais sustentável.
O governo federal anunciou o Plano Safra de 2024/2025, com investimento recorde de R$ 400,5 bilhões, voltado para programas de inovação e modernização da atividade produtiva, além de linhas de crédito para práticas sustentáveis no campo. O Banco do Brasil tem se empenhado na liberação de crédito para pequenos e médios produtores, focando em planos de recuperação de áreas degradadas e no apoio à tecnologia e órgãos técnicos para garantir a sustentabilidade e produtividade no agronegócio.
Diante dessas discussões e iniciativas, é evidente que o setor agrícola no Brasil enfrenta desafios, mas também possui potencial para crescer de forma sustentável e atender às demandas do mercado internacional, fortalecendo a economia do país e protegendo o meio ambiente.