Trump e os Sapatos Ensanguentados: O Diretor do Show Business

Um velho comediante passa seus ensinamentos sobre humor para o seu sobrinho na peça “Sunshine Boys” de Neil Simon. De acordo com ele, pickles são engraçados, alka-seltzer é engraçado, mas alface não é. A letra K é engraçada, enquanto a letra L não é. Essas reflexões levam ao tema central do texto: a comédia dos pés.

Os pés são considerados engraçados pela maneira como são retratados e utilizados em diferentes contextos. Enquanto as mãos são habilidosas e capazes de realizar tarefas complexas, os pés são vistos como membros menos prestigiados do corpo humano. Eles vivem na poeira, pisam em cocô e exalam chulé, características que os tornam alvo de piadas e situações cômicas.

A expressão “meter os pés pelas mãos” exemplifica a ideia de trapalhadas e confusões causadas pela inadequação dos pés em realizar tarefas que exigem destreza manual. José Miguel Wisnik, em seu livro “Veneno Remédio: o Futebol e o Brasil”, explora a importância dos pés no futebol e como a imprevisibilidade desse esporte está relacionada à sua natureza “zoada”.

A figura de Donald Trump é utilizada como exemplo de como a comunicação pode ser influenciada por aspectos físicos, como os pés. O ex-presidente dos Estados Unidos, mesmo diante de um incidente grave, se preocupa em pegar seus sapatos antes de sair do palco, priorizando a imagem e o espetáculo. A importância dos calçados na construção da imagem de um herói é destacada, evitando que Trump se apresente de maneira vulnerável ou ridícula.

A possibilidade de Kamala Harris confrontar Trump e expor seus “cascos de bode” é mencionada como um desafio para a política americana. O texto encerra com a reflexão sobre a importância dos pés e sua relação com o humor e a comunicação, evidenciando como esses elementos podem influenciar a percepção pública e o poder político.

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