Os últimos boletins divulgados foram referentes aos dados consolidados de 2023, com o último relatório emitido em fevereiro. Desde então, não houve atualizações sobre a situação da saúde dos yanomamis, conforme revelado por fontes do G1 e confirmado pela imprensa.
Em resposta às críticas, o Ministério da Saúde emitiu uma nota alegando que não deixou de prestar assistência à população indígena desde o início de 2023 e que está implementando ações para reforçar os cuidados de saúde. No entanto, não foram fornecidos detalhes sobre as razões que levaram à suspensão da divulgação dos boletins.
Anteriormente, o governo federal divulgava informações diárias, semanais e posteriormente mensais sobre os casos de mortes e atendimentos médicos na Terra Indígena Yanomami. O último boletim apontou um aumento de 6% no número de óbitos em comparação com o ano anterior, além de altos índices de malária, síndrome respiratória aguda grave e desnutrição entre as crianças.
Os impactos do garimpo ilegal na região são apontados como uma das principais causas dos problemas de saúde enfrentados pelos yanomamis. A exploração mineradora polui os rios, prejudica a pesca e contribui para o aumento dos casos de intoxicação. A mudança na coloração dos rios em junho de 2023 evidenciou a presença intensa de atividades ilegais na região.
A atuação intensiva do governo Lula na Terra Indígena Yanomami no passado resultou em avanços significativos, afastando os garimpeiros e garantindo um melhor acesso a alimentos e medicamentos para a população. No entanto, o enfraquecimento das ações de combate ao garimpo ilegal neste ano coincide com um aumento na exploração de ouro e cassiterita na região, colocando em risco a saúde e a segurança dos yanomamis.