Brasil enfrenta riscos climáticos: Nasa alerta para possibilidade de inabitabilidade em algumas regiões em 50 anos.

Um artigo da Equipe Editorial de Ciência da Nasa, a agência espacial americana, publicado em 2022, voltou a ganhar destaque nos últimos dias, ao levantar a possibilidade de o Brasil se tornar inabitável daqui a 50 anos. Esse texto da Nasa está baseado em um estudo divulgado em 2020 pela revista científica Science, que discute os efeitos da temperatura de bulbo úmido, uma medida que considera a combinação entre temperatura e umidade. No entanto, é importante ressaltar que o estudo original não menciona o Brasil.

De acordo com o estudo, a temperatura de bulbo úmido mais alta suportada pelos humanos é de 35ºC. Em ambientes com 50% de umidade, isso equivale a cerca de 45ºC. Quanto maior a umidade, maior a temperatura, pois a evaporação do suor é dificultada, o que torna mais difícil para o corpo regular a temperatura interna.

A Nasa aponta o Brasil como uma região potencialmente vulnerável ao aumento da temperatura de bulbo úmido, juntamente com outras áreas como o Sul da Ásia, Golfo Pérsico e Mar Vermelho. É importante ressaltar que essa vulnerabilidade não significa que o país inteiro se tornará inabitável.

Desde 2005, a temperatura de bulbo úmido de 35ºC foi registrada pelo menos 9 vezes em locais como Paquistão e Golfo Pérsico. A ocorrência de temperaturas ligeiramente abaixo do ponto crítico também aumentou nos últimos 40 anos.

A climatologista Karina Bruno Lima destaca a importância de limitar o aquecimento global para reduzir os riscos associados a altas temperaturas de bulbo úmido. Por isso, é essencial que medidas sejam tomadas para conter o aquecimento global e seus impactos.

Portanto, embora o Brasil seja mencionado como uma região vulnerável, ainda existem medidas que podem ser adotadas para mitigar os efeitos da crise climática e garantir a habitabilidade do país no futuro. É fundamental que haja um esforço global para combater as mudanças climáticas e proteger o planeta e suas populações.

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