Cada pessoa que convive com a depressão e segue em frente é um sobrevivente. Refleti sobre isso ao assistir ao documentário sobre o chef Anthony Bourdain, que tirou a própria vida em 2018. A aparente felicidade e sucesso podem esconder um profundo sofrimento, e muitas vezes, é difícil reconhecer um depressivo. Disfarçamos bem, buscamos equilíbrio através de medicação, terapias e mudanças de vida, mas a corda bamba sempre está presente. Mesmo com esforço, alguns não encontram sustentação para evitar o precipício.
Bourdain, com sua trajetória marcante de sucesso e reconhecimento, choque ao desfecho de sua vida. O documentário “Roadrunner”, lançado três anos após sua morte, revela o vazio constante em sua alma, a busca incessante por algum prazer que parecia nunca encontrar. A insatisfação, a vontade de ser surpreendido pela vida, os excessos destrutivos – todos sintomas comuns entre aqueles que convivem com a depressão.
Ao sair do armário da doença, enfrentei o desafio de aceitar minha condição e fazer as pazes comigo mesma. A jornada é marcada por alegrias simples, como apreciar o pôr do sol e se emocionar à beira do mar, mas também por comportamentos autodestrutivos e a busca por algo que preencha o vazio da depressão.
Hoje, lido com a dificuldade de um mundo que valoriza a busca por fama e influência, enquanto tento encontrar a felicidade na simplicidade. Enquanto busco a normalidade e a determinação que parecem inalcançáveis. Mas uma coisa é certa: a indústria farmacêutica tem sido fundamental para domar a minha depressão e permitir que siga em frente.
Diante desse cenário, é importante lembrar onde procurar ajuda. O Mapa Saúde Mental e o CVV (Centro de Valorização da Vida) são recursos essenciais para quem enfrenta desafios emocionais e psicológicos. A jornada não é fácil, mas é possível encontrar apoio e seguir em frente, mesmo em meio às adversidades da vida.
(Colaboração: [seu nome])