Fundador da Sea Shepherd, ativista anti-caça às baleias, é detido na Groenlândia a pedido do Japão, despertando preocupações sobre sua extradição.

O renomado ativista ambiental Paul Watson, fundador da ONG Sea Shepherd e conhecido por sua luta contra a caça às baleias, foi recentemente detido na Groenlândia, território autônomo da Dinamarca, após um alerta de captura emitido pelo Japão. Watson, de 73 anos, permanecerá sob custódia até pelo menos 15 de agosto, aguardando a decisão das autoridades dinamarquesas em relação ao seu caso. A possível extradição para o Japão, país que ainda pratica a atividade baleeira, está em jogo.

O Ministério da Justiça da Dinamarca afirmou que a extradição só poderá ocorrer após um pedido formal do país emissor do mandado de prisão. Até o momento, o Japão ainda não apresentou esse pedido, mas manifestou que já vem realizando esforços para capturar Watson há algum tempo.

O fato de Watson ter sido detido quando se dirigia para impedir a ação de um novo navio baleeiro japonês gerou consternação em diversas partes do mundo. Organizações ambientalistas estão se mobilizando em defesa do ativista, pedindo sua libertação e criticando a possibilidade de extradição. Petições online e manifestações estão sendo organizadas, sendo que no Brasil a Sea Shepherd convocou um protesto em São Paulo no próximo sábado.

Não é a primeira vez que Paul Watson se envolve em situações polêmicas em defesa das baleias. Ao longo dos anos, suas ações contra navios baleeiros ganharam repercussão mundial, inclusive em um reality show chamado Whale Wars. Em 2012, um alerta de captura foi emitido pelo Japão em relação a uma ação do ativista no mar da Antártida.

Diante do cenário atual, autoridades do governo francês e de celebridades como Brigitte Bardot manifestaram apoio a Watson, pedindo para que a Dinamarca não o extradite para o Japão. O ativista, que há muito tempo vem lutando pelo meio ambiente e pelos oceanos, enfrenta agora um desafio que pode determinar seu futuro e a continuidade de sua luta.

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