Até a última quarta-feira, um total de 493,2 mil cigarros eletrônicos foram apreendidos no país, sendo que a grande maioria, 417,7 mil unidades, foi encontrada somente no Paraná. No ano passado, as apreensões totalizaram 230,1 mil unidades em todo o país, marcando um aumento significativo em relação aos 51,2 mil apreendidos no ano anterior.
O ritmo acelerado de crescimento das apreensões é uma das principais preocupações das autoridades responsáveis pela repressão ao contrabando. Os cigarros eletrônicos, proibidos de serem comercializados no país pela Anvisa, estão cada vez mais presentes nas apreensões, principalmente nas regiões de fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Recentemente, a PRF realizou a maior apreensão de cigarros eletrônicos já feita pela corporação. Um motorista de 30 anos foi detido transportando 129 mil unidades dos produtos em um caminhão em Vitorino, Paraná. Ele foi preso por contrabando e levado à unidade da Polícia Federal em Guarapuava.
Segundo o superintendente da PRF no Paraná, Fernando César Oliveira, o estado responde pela maioria das apreensões devido à sua localização estratégica. Ele destaca que grupos criminosos bem organizados estão operando nesse tipo de contrabando, utilizando rotas alternativas para evitar a fiscalização.
Mesmo com a proibição da Anvisa, os cigarros eletrônicos são facilmente encontrados no Paraguai e revendidos no Brasil, fato que preocupa as autoridades. O crime organizado atua livremente nesse mercado ilegal, gerando lucro e oferecendo uma ampla oferta desses produtos aos compradores.
O combate ao contrabando e outros crimes transfronteiriços tem sido aprimorado com investimentos em inteligência e tecnologia, visando uma atuação mais eficiente e integrada com outros órgãos de fiscalização e segurança pública. A pena prevista para o crime de contrabando é de dois a cinco anos, o que evidencia a gravidade dessa prática ilegal que vem crescendo no país.