O recuo foi observado tanto no Indicador de Situação Atual, que teve uma queda de 8,8 pontos, atingindo 89,2 pontos, quanto no Indicador de Expectativas, que contraiu 19,4 pontos, chegando a 94,3 pontos.
A análise da FGV mostrou que cinco países tiveram um declínio no indicador do Clima Econômico: Uruguai, Brasil, México, Chile e Colômbia, enquanto Paraguai, Peru, Equador, Argentina e Bolívia registraram uma melhora. Apenas México, Uruguai e Brasil estão com o clima econômico na zona favorável.
No Brasil, a queda no segundo trimestre foi de 10,1 pontos, sendo atribuída principalmente à contração de 30 pontos no Indicador de Expectativas, que agora se encontra na zona neutra. Por outro lado, o Indicador de Situação Atual cresceu 9,1 pontos, levando o país para a zona favorável. A FGV ressalta que as pesquisas foram realizadas antes das enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul.
Além disso, a FGV destacou que a Argentina teve um avanço de 25,2 pontos no indicador do Clima Econômico, apesar das controvérsias em relação às medidas do presidente eleito Javier Milei. O país também obteve uma melhora significativa nos indicadores de Situação Atual e Expectativas.
Os especialistas consultados pela FGV apontaram problemas como falta de inovação, falta de confiança na política econômica, corrupção e barreiras legais e administrativas como obstáculos para o crescimento na região. A pesquisa também incluiu uma análise do impacto da desaceleração do crescimento econômico da China na América Latina, com destaque para as previsões de um impacto médio em todos os países, com divisões de opiniões no caso do Brasil.
Portanto, a análise do ICE da América Latina revela um cenário de queda e desafios econômicos na região, com impactos políticos e ambientais influenciando as expectativas dos especialistas consultados pela FGV.