Após a desistência de Biden em concorrer à reeleição, acredita-se que é improvável que outro político democrata consiga competir contra Harris. A vice-presidente recebeu o apoio de diversas lideranças do partido, como Clinton, Obama e Nancy Pelosi, o que fortalece a sua indicação como candidata pelo Partido Democrata.
A governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, que seria uma possível rival de Kamala na disputa pela Casa Branca, também manifestou seu apoio à vice-presidente. O presidente do Conselho Diretivo do Washington Brazil Office, James N. Green, avalia que seria uma atitude inadequada alguém se lançar contra Kamala, pois a confirmação da sua candidatura é vista como uma questão de formalidade.
Green destaca a importância de definir quem será o vice de Kamala, pois isso deve mobilizar o Partido Democrata. A manutenção de Biden como candidato estava favorecendo a vitória de Donald Trump, mas com a indicação de Kamala, a dinâmica eleitoral pode ser revertida a favor do Partido Democrata.
Sobre o financiamento da campanha democrata, que arrecadou cerca de US$ 95 milhões enquanto Biden ainda estava na disputa, os republicanos prometem questionar a transferência desse recurso para a candidatura de Kamala. No entanto, especialistas acreditam que Biden pode transferir os fundos para uma entidade independente que apoie a campanha eleitoral da vice-presidente.
A indicação de Kamala por Biden impulsionou a arrecadação de doações para o Partido Democrata, com cerca de US$ 50 milhões reunidos em um único dia de contribuições de cidadãos americanos. A confirmação da vice-presidente como candidata oficial do Partido Democrata deve ocorrer durante a convenção em agosto, consolidando-a como a principal concorrente na corrida presidencial dos Estados Unidos.
