Conflitos entre produtores rurais e grupos indígenas se intensificam em MS, PR e RS, com registros de cerco, despejo ilegal e incêndios criminosos.

Conflitos entre produtores rurais e grupos indígenas continuam causando tensão no Mato Grosso do Sul e Paraná. Segundo informações divulgadas pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no último sábado (20), a situação é preocupante. O Cimi reportou casos de cerco a indígenas guarani kaiowá em retomadas de área no Mato Grosso do Sul, com risco iminente de despejo ilegal e incêndio criminoso contra o tekoha Tata Rendy, dos ava guarani, no oeste do Paraná. Além disso, também foram registrados ataques a indígenas no Rio Grande do Sul.

De acordo com o Cimi, as retomadas de áreas no Mato Grosso do Sul continuam sendo alvo de capangas armados, causando um clima de tensão e medo entre os indígenas guarani kaiowá. A presença da Força Nacional de Segurança foi solicitada para tentar conter os conflitos na região. Em Caarapó, duas áreas retomadas na Terra Indígena Dourados Amambai Peguá I foram cercadas por drones e caminhonetes.

Já no oeste do Paraná, o tekoha Tata Rendy, dos ava guarani, também foi alvo de cerco e incêndios, em uma série de ataques que têm preocupado os indigenistas. No Rio Grande do Sul, o povo kaingang da Retomada Fág Nor foi atacado por homens encapuzados, que atiraram contra os indígenas e incendiaram uma maloca.

O Governo Federal tem tentado mediar os conflitos, com equipes dos ministérios dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos e da Cidadania atuando na região para buscar soluções para os embates entre produtores rurais e indígenas. O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio da Força Nacional para preservar a ordem e a integridade nas aldeias indígenas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul.

Apesar das tentativas de negociação e mediação, os ataques e conflitos continuam acontecendo, com incêndios criminosos nas áreas ocupadas pelos indígenas logo após a saída de representantes do governo das regiões. A presença da Força Nacional tem sido criticada pelo Cimi, que cobra uma atuação mais efetiva e soluções reais para os conflitos. Os problemas persistem, e é necessário um olhar mais atento e comprometido por parte das autoridades para garantir a segurança e os direitos dos indígenas nessas regiões.

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