Efeitos dos EUA na zona do euro serão analisados com cautela pelo BCE, afirma presidente Lagarde em coletiva

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, emitiu uma declaração nesta quinta-feira (18) sobre a análise cuidadosa que será realizada pelo BCE em relação aos impactos dos desdobramentos econômicos e políticos dos Estados Unidos na zona do euro. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, inicie a redução das taxas de juros em setembro, o que poderá influenciar também as decisões do BCE, que pode retomar os cortes de juros após ter mantido as taxas inalteradas anteriormente. Em junho, houve a redução de 25 pontos-base nas taxas do BCE.

Durante a coletiva de imprensa subsequente à manutenção das taxas de juros, Lagarde também abordou a questão dos salários na zona do euro, prevendo que haverá uma desaceleração ao longo de 2025 e 2026, de acordo com a meta oficial de inflação de 2%. Ela ressaltou a contribuição do setor de serviços para a recuperação do crescimento econômico na zona do euro e assegurou que a meta de inflação atual permanecerá inalterada durante seu mandato.

O contexto internacional reflete a preocupação do BCE em manter a estabilidade econômica diante das movimentações do Fed e da possível repercussão dessas ações na economia europeia. A postura cautelosa de Lagarde sugere um acompanhamento rigoroso das flutuações nos mercados e das condições econômicas globais, visando proteger e fortalecer a economia da zona do euro.

É importante ressaltar que, conforme destacado pela presidente do BCE, a política monetária e os ajustes nas taxas de juros serão determinados com base em análises detalhadas e em consonância com os objetivos de manter a estabilidade de preços e promover o crescimento sustentável na região. Nesse sentido, a atuação do BCE será fundamental para garantir a resiliência econômica diante das incertezas do cenário internacional.

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