“A repercussão em cadeia dessas interrupções se estende para além das rotas principais afetadas, causando congestionamentos em rotas alternativas e centros de transbordo vitais para o comércio com o Extremo Oriente da Ásia, Ásia Central Ocidental e Europa”, informou a empresa.
Portos em diversas regiões da Ásia, como Cingapura, Austrália e Xangai, estão enfrentando atrasos devido às mudanças de rota dos navios e interrupções nos cronogramas, decorrentes dos efeitos em cascata do Mar Vermelho, conforme apontado pela Maersk. Além disso, a temporada de tufões que se aproxima também deve trazer impactos para áreas da China, aumentando os riscos de congestionamento.
Diante da forte demanda impulsionada pelas exportações asiáticas para a América do Norte e Europa, a empresa está se preparando para enfrentar interrupções contínuas, concentrando seus esforços em ajustes na rede, garantindo contêineres adicionais e explorando melhorias na capacidade.
As operadoras de contêineres foram obrigadas a direcionar suas embarcações para rotas mais longas e dispendiosas ao redor do Cabo da Boa Esperança, no sul da África, como forma de evitar o Mar Vermelho, após os rebeldes Houthi iniciarem ataques a embarcações comerciais no final do ano passado, resultando em escassez de navios, apesar da contínua demanda robusta. Essa situação tem provocado impactos significativos na cadeia logística global, com previsões de mais desafios no horizonte para o setor de transporte marítimo de contêineres.