Um dos destaques do mês foi o aumento das importações de bens duráveis da China, que representaram mais da metade das importações brasileiras. O estudo da FGV mostrou que a China explicava 19,2% das importações totais do Brasil de bens duráveis no primeiro semestre de 2022, e esse número aumentou para 51% no primeiro semestre de 2024.
As perspectivas para a balança comercial não indicam novas tendências, mas há preocupações em relação ao menor crescimento chinês, o que poderia reduzir a demanda por importações da China. A FGV alertou que esse cenário poderia intensificar a venda de produtos chineses no mercado internacional, levando a um aumento de medidas protecionistas contra o país asiático.
A China foi o principal país de origem das importações brasileiras, com destaque para os veículos de passageiros, que tiveram um aumento de 924% em valor. A China detém uma participação de 23,3% nas importações totais do Brasil, seguida pelos Estados Unidos, com 15,5%.
Além disso, o aumento das importações de veículos elétricos da China levou a mudanças no cronograma de recomposição das alíquotas para carros elétricos no Brasil, visando fortalecer a produção nacional desses veículos.
No que diz respeito às exportações, houve uma queda de 0,1% no volume exportado em junho, enquanto as importações cresceram 21%. O destaque ficou por conta das commodities, que tiveram um aumento na participação nas exportações totais do Brasil, chegando a 71%.
O desempenho positivo das commodities foi impulsionado pela indústria extrativa, com um crescimento de 11,1% no volume exportado. Já o agronegócio teve um aumento de 5,3% no volume exportado. O petróleo bruto e o minério de ferro foram os principais produtos exportados pela indústria extrativa em junho.
Em resumo, o cenário da balança comercial brasileira no mês de junho reflete um aumento nas importações, principalmente da China, e um desempenho positivo das exportações de commodities. A FGV alerta para a necessidade de monitoramento constante diante das incertezas do cenário internacional.