O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) confirmou os relatos da mídia sobre a deserção do conselheiro de assuntos políticos da Coreia do Norte em Cuba. Ri Il Kyu, o diplomata em questão, fugiu para a Coreia do Sul com sua esposa e filhos em novembro. Segundo relatos, Ri tomou a decisão de desertar devido à desilusão com o sistema político norte-coreano, uma avaliação injusta de seu trabalho pelo Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang e a desaprovação das esperanças do ministério de visitar o México para tratar de seus danos neurológicos.
O desertor também mencionou a falta de equipamento médico adequado em hospitais de Cuba devido às sanções internacionais. A Coreia do Norte ainda não respondeu ao anúncio da deserção de Ri, mas já expressou fúria em relação a outras deserções anteriores, acusando a Coreia do Sul de sequestro ou atração de seus cidadãos para desertarem.
Ri desertou antes do estabelecimento das relações diplomáticas entre a Coreia do Sul e Cuba em fevereiro, o que representou um golpe político para a Coreia do Norte. Outros relatos indicam que Ri estava envolvido em esforços para impedir que Cuba estabelecesse relações diplomáticas com a Coreia do Sul.
A deserção de Ri é mais um exemplo da crescente quantidade de desertores de alto nível da Coreia do Norte. O regime de Kim Jong Un está enfrentando dificuldades econômicas crônicas, influência das culturas pop sul-coreanas e expansão da cooperação militar entre os EUA e a Coreia do Sul.
Essa deserção de alto nível pode ter um impacto significativo nas relações diplomáticas entre os países envolvidos e nas estratégias de poder de Kim Jong Un. O aumento no número de deserções de diplomatas e membros da elite norte-coreana pode ser um sinal de fragilidade política do regime de Pyongyang e ter consequências futuras imprevisíveis.