A inovadora tecnologia usa informações do Google Maps, como dados de GPS de celulares, para identificar padrões de tráfego, horários de pico e comportamentos dos motoristas. Com essas informações, a inteligência artificial do Google cria modelos para cada cruzamento, calculando ajustes na programação dos semáforos para aumentar o tempo de abertura dos sinais verdes.
O Green Light está em fase de implantação em Campinas, interior de São Paulo, e já está operando em cinco cruzamentos do Rio de Janeiro. Esses cruzamentos foram selecionados com base em critérios como volume de tráfego e índices de acidentes. A Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio) reportou que, nos locais em que o Green Light foi implementado, houve uma redução de aproximadamente 10% no tempo de espera dos motoristas.
A cidade do Rio de Janeiro também está investindo em outras iniciativas de inteligência artificial para melhorar a mobilidade urbana. O Centro de Operações Rio (COR) receberá um investimento de R$ 29 milhões do BNDES para implementar projetos com inteligência artificial, incluindo a criação de uma rede de semáforos inteligentes.
Embora o Green Light represente um avanço na gestão do tráfego, é importante ressaltar que o sistema ainda está em fase inicial e possui limitações. Por exemplo, o projeto atualmente opera em apenas cinco cruzamentos da cidade, que representa uma pequena parcela dos mais de 12 mil pontos com semáforos no Rio de Janeiro.
Apesar dos desafios, a implementação da inteligência artificial nos semáforos demonstra o potencial de novas tecnologias para melhorar a mobilidade urbana e contribuir para cidades mais sustentáveis. O Rio de Janeiro é pioneiro na América Latina nesse tipo de iniciativa, juntando-se a outras cidades ao redor do mundo que também estão buscando soluções inovadoras para os desafios do trânsito urbano.