Domingos Brazão emocionou-se ao afirmar que sua família não tem qualquer ligação com os milicianos envolvidos no caso Marielle Franco, pelo qual seus irmãos estão presos desde março sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora em 2018. O conselheiro destacou que nunca teve contato com os milicianos citados no caso e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, sem ser chamado até então.
Durante o depoimento, Domingos Brazão respondeu a diversas questões relacionadas ao seu envolvimento com milicianos, ao delegado Rivaldo Barbosa, à sua atuação no TCE, a disputas políticas e fundiárias no estado, e a acusações de obstrução de investigações feitas pela então PGR Raquel Dodge em 2019. Ele ressaltou que já foi investigado exaustivamente e que não possui qualquer envolvimento com os fatos mencionados.
Além disso, o ex-vereador Thiago K. Ribeiro e o ex-deputado Carlos Alberto Lavrado Cupello também foram ouvidos como testemunhas no mesmo dia. A relatora do caso, deputada Jack Rocha (PT-ES), deverá divulgar um relatório indicando a punição de Chiquinho Brazão na volta do recesso parlamentar, em agosto.
A sessão do Conselho de Ética contou com a presença do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que criticou a ausência de parlamentares no dia anterior. A imprensa também destaca a prisão preventiva de Chiquinho Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, acusado de ajudar os irmãos Brazão no planejamento do homicídio de Marielle Franco e na obstrução das investigações, mesmo após a Polícia Federal não encontrar indícios de ligação entre eles.