Essa mudança representa um avanço significativo, porém não fica claro se foi resultado da entrada de novos diretores com formação em gestão ou se as redes estaduais implementaram ações para aumentar esse percentual. Em 2020, estados como Rondônia e Acre apresentavam entre 30% e 40% dos diretores com essa formação, enquanto outros estados tinham menos de 10%.
No entanto, em 2023, o cenário mudou, com o Piauí liderando com pelo menos 90% dos profissionais com formação em gestão. O perfil médio desses capacitados é o de uma mulher branca, com mais de 50 anos e formada em algum curso na área de educação diferente de pedagogia.
Além disso, o estudo revelou uma mudança no perfil dos diretores em relação à graduação, mostrando que em 2011, cerca de 33,6% haviam cursado pedagogia, percentual que subiu para 38% em 2023. O número de diretores pretos e pardos diminuiu ao longo dos anos, havendo um aumento de pessoas que não declaram sua raça, o que pode impactar na confiabilidade dos dados.
Outro ponto abordado foi o aumento da presença de homens no cargo de diretor, que está relacionado ao processo de seleção por mérito e eleição da comunidade escolar, em contraponto ao modelo tradicional de indicação política. A carga horária de trabalho dos diretores também aumentou, especialmente devido aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, mostrando que mais de 60% trabalham acima de 40 horas semanais.
Portanto, é fundamental observar e garantir a justiça e igualdade nos processos de seleção e atuação dos diretores, considerando a importância desse cargo para a educação no país. Esta pesquisa evidencia a necessidade de investimento na formação e capacitação dos profissionais que ocupam essa posição tão importante dentro das escolas.