O ex-PM, acusado de organizar um bingo na Barra da Tijuca em 2018, é uma das primeiras pessoas a admitir ter solicitado permissão a Rogério para a abertura do estabelecimento. As datas dos depoimentos revelam a resistência de Lessa em falar sobre o contraventor, o que só aconteceu após vários depoimentos sobre outros crimes em que estava envolvido.
A colaboração de Lessa com a PF, PGR e MP do Rio de Janeiro incluiu a revelação de que pediu autorização a Rogério Andrade para atuar em um bingo no Rio de Janeiro. O ex-policial afirmou que só conheceu o bicheiro após um atentado a bomba que sofreram em ocasiões separadas e que eles tentaram identificar juntos o autor das explosões.
Apesar dos investigadores considerarem o depoimento de Lessa valioso, ele contraria informações de inteligência que indicavam que o ex-PM atuava como segurança de Rogério Andrade. Lessa negou ter sido segurança do bicheiro e afirmou que só teve contato com ele após o atentado que sofreram em 2010.
A revelação da relação entre Lessa e Rogério Andrade acrescenta mais um elemento intrigante às investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e expõe as complexas relações entre policiais, criminosos e políticos no Rio de Janeiro. O depoimento de Lessa revela uma intricada teia de interesses e conexões obscuras que permeiam o submundo do crime na cidade maravilhosa.