As empresas argumentam que as câmeras selecionadas pela PM não atendem aos requisitos do edital, como autonomia de bateria insuficiente, incapacidade de ler placas de automóveis de acordo com as exigências e a possibilidade de certos usuários apagarem imagens, o que vai contra as regras do edital e representa um risco para investigações que dependem dessas imagens.
Após acompanharem a prova de conceito, etapa que avalia se os equipamentos cumprem os critérios exigidos, as empresas Interimagem, IPQ, Tronnix, Teletex, Teltex e BB Comércio e Instalação de Equipamentos apresentaram recursos questionando esses aspectos.
Os recursos apontaram problemas com a autonomia da bateria, o botão de exclusão de arquivos disponível para alguns usuários, a falta de leitura automática de placas de veículos, e a incapacidade de reconhecer armas de fogo, entre outros problemas. Algumas empresas sugeriram que houve manipulação dos testes realizados durante a prova de conceito.
A gestão da Secretaria de Segurança Pública, de Tarcísio de Freitas, contestou as alegações das empresas, afirmando que as amostras de testes cumpriram os requisitos legais, técnicos e tecnológicos exigidos.
Além disso, as empresas também questionaram a atuação da empresa Emiter na avaliação dos equipamentos, alegando que os testes deveriam ter sido conduzidos por representantes do poder público, conforme as regras de licitação do país.
Diante dos questionamentos levantados pelas empresas, a licitação para a escolha das novas câmeras corporais da Polícia Militar de São Paulo está sob escrutínio e requer uma análise cuidadosa para garantir a transparência e legalidade do processo.