Durante o depoimento, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro negou qualquer tipo de ligação com os Brazão, seja ela de natureza pessoal, profissional, política, religiosa ou de lazer. Barbosa ressaltou que sua única participação foi ter indicado o delegado responsável por prender Ronnie Lessa, que confessou sua participação na execução dos homicídios de Marielle e Anderson. Além disso, o delegado afirmou que lutou contra as milícias no Rio de Janeiro, classificando-as como um “câncer” que causa mortes na cidade.
As investigações apontam que Rivaldo Barbosa, Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram denunciados por envolvimento nos assassinatos de Marielle e Anderson. Segundo as autoridades, o ex-delegado teria dado instruções para os disparos que resultaram nas mortes, a mando dos irmãos Brazão. A participação de Barbosa na reunião do Conselho de Ética foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Durante a audiência, o vereador Willian Coelho, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, destacou que a relação entre Marielle e Chiquinho Brazão era amigável, sem nenhum desentendimento aparente. Coelho ressaltou a admiração e carinho que a vereadora recebia de seus colegas de trabalho. O depoimento de Barbosa faz parte do processo de cassação do mandato de Chiquinho Brazão, que está sendo acusado de quebra de decoro parlamentar devido à sua suposta ligação com os assassinatos.
Diante das acusações e do desenrolar das investigações, o caso continua a gerar repercussão e chamar a atenção da sociedade, que aguarda por respostas e justiça em relação aos trágicos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes.